Suporte Técnico

PAPEL PARA USO ARTÍSTICO

Independentemente da técnica utilizada, os papéis preferidos pelos artistas são sempre “ACID FREE” ou papéis livres de ácidos residuais.

A razão principal é que estes papéis não alteram a tonalidade das tintas utilizadas, sejam pigmentos naturais, sintéticos ou corantes de cores vivas. A segunda razão é que a cor destes papéis é mais estável que os papéis preparados com o processo de colagem ácida.

Não há uma especificação detalhada do que venha a ser um papel artístico; pois cada artista desenvolve sua própria técnica e vai adaptando-a para determinados tipos de características como textura, cor, acabamento superficial (grana), absorção de água, porosidade, entre outras.

As características mais comuns:

Cor: a tonalidade dos papéis artísticos é do que denominamos “BRANCO NATURAL” tendendo para o creme, mais ou menos intenso, conforme a procedência. É diferente do branco de hoje dos papéis de escrever e de imprimir. Estes papéis são mais brancos pela presença de cargas muito brancas como carbonato de cálcio e principalmente pelo uso de alvejantes óticos que aumentam a brancura do papel.

Textura: Se dá preferência a “grana” mais grossa com característica superficial lembrando marcas de feltros grosseiros imitando os tecidos de algodão ou aniagem.

Para trabalhos mais delicados se usa também grana fina, porém com certa aspereza. Nunca com superfície alisada.

Encontramos também superfícies com desenhos característicos imitando tela de algodão, linho e casca de ovo, obtidos passando o papel pronto por rolos gravados em uma calandra de gofrar.

Acidez: Se dá preferência a papéis neutros com pH entre 6 e 7,8 ou papéis alcalinos.

Papéis com superfície ácida tende a modificar a cor de alguns corantes em tintas a base água como aquarela e tintas acrílicas.

Além disso, papéis ácidos se deterioram com o tempo, começando pela cor que vai amarelando e depois pela resistência do papel. Com a mudança da cor o trabalho artístico se altera em relação ao original.

Absorção de água: É a principal característica exigida pelo artista que pinta com aquarelas. O papel deve ter uma velocidade de absorção de água e uma velocidade de espalhamento das cores para obter o efeito desejado.

Não devem ocorrer ondulações acentuadas durante o trabalho. Geralmente os papéis para aquarela possuem em sua composição certo porcentual de algodão para estabilizar e controlar a absorção.

Para outras técnicas como tinta à óleo, bico de pena, carvão, tinta acrílica e serigrafia a absorção de água é característica de importância secundária.

Gramatura: No mínimo se utiliza, para trabalhos artísticos, gramaturas acima de 180g/m 2, sendo 200g/m 2 a mais comum; Alguns fabricantes usam 240g/m 2 e até 300g/m 2, em trabalhos com aquarelas alguns artistas usam uma técnica de molhar toda folha com água por meio de pincel, prendendo as beiradas com fita adesiva não ondular. Após secar ao ar ambiente esta folha responde melhor à absorção e ao espalhamento da tinta. Neste caso se dá preferência a gramaturas mais altas e presença de até 25% de algodão.

PRODUTOS FILIPERSON

Bloco Artístico: Papel Filiart Renaud 200g/m 2 branco natural contém 30% de algodão
Formatos: A4 210 x 297 mm

A3 297 x 420 mm

A2 420 x 594 mm

Bloco Escolar: Papel Filiart Renaud 140g/m 2 branco natural

Formatos: A4 210 x 297 mm

A3 297 x 420 mm

Bloco Técnico: Papel Filiset Casca de Ovo 240g/m 2 branco

Formatos: A4 210 x 297 mm

A3 297 x 420 mm

- Estes papéis também podem ser fornecidos em resmas nos formatos 70 cm x 112 cm e 76 cm x 112 cm.

Desde 1993, como gerente técnico da Filiperson no desenvolvimento de novos produtos, Ovídio Sallada dedica-se há mais de 40 anos ao setor de celulose e papel.  Formado em Engenharia Química na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, participou do primeiro grupo de pesquisadores do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas na Cidade de São Paulo, na elaboração de estudos sobre o melhor aproveitamento do Eucalipto para a produção de celulose branqueada de alta qualidade na produção de papel. Ovídio Sallada completou sua especialização no Instituto de Química da Celulose e Instituto de fabricação de Papel da Escola Politécnica de Darmstad – Alemanha. Fez parte dos Grupos: Votorantin e Schweitzer Mauduit, no Rio de Janeiro. Um dos fundadores da ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel – hoje, depois de ocupar o cargo de primeiro gerente da Divisão de Normas e Presidente (72/73), faz parte do Conselho Diretor.