Suporte Técnico
FOTOGRAFIA DIGITAL – GERAÇÃO SEM MEMÓRIA?

Uma das coisas que mais me seduz em meu trabalho na Filiperson é a possibilidade de unir o técnico ao mercadológico. Labuto diariamente seja na matriz no RJ ou na filial de SP sempre no desenvolvimento de produtos, suporte técnico, treinamentos, relacionamento com o mercado ou mesmo na pesquisa de carências ou tendências do mercado, sempre visando o desenvolvimento de novos produtos.

Neste mês de novembro gostaria de focar a “revelação” de fotografias digitais. O objetivo é claro: informar aos amigos leitores as tendências verificadas nesse mercado.

Vários fotógrafos profissionais com quem mantenho relação profissional e troca de informações têm se mostrado preocupados com a aparente tranqüilidade com que a maioria dos fotógrafos amadores têm apenas “salvado” as suas fotos (leia-se memórias, recordações) no HD do computador ou em CDs ou DVDs.

São tão freqüentes os casos de perda desses registros por formatação de HDs, por quebra ou riscos em CDs e DVDs e até pela proximidade entre essas mídias de armazenamento e celulares ou aparelhos emissores de energia eletro-magnética que alguns já estão chamando essa geração de “geração sem memória” .

Corremos o risco de não termos o que mostrar aos nossos netos.

Isso sem contar as oportunidades nas quais recebemos visitas em casa e deixamos de mostrar as fotos do aniversário, do passeio, da festa ou das férias, apenas porque as mesmas estão apenas armazenadas no computador. E, vamos e venhamos, ligar o desktop, procurar os arquivos e ver as fotos em um monitor , não é a mesma coisa.

Um desses amigos fotógrafos até contou-me sobre um caso interessante: Uma família programou durante meses a festa de aniversário do patrono da família, 90 anos. No dia marcado compareceram mais de 100 familiares a um churrasco em um sítio alugado para isso. A festa foi maravilhosa, o aniversariante super feliz e foram tiradas pelo seu bisneto mais de 400 fotos. Os demais convidados da festa pediram cópias das fotos etc, etc.

Chegando em casa o gentil bisneto descarregou a memória (cartão) no computador, zerando o cartão. Após isso, salvou todas as fotos em um CD e apagou o registro de seu HD pois, afinal de contas, as mesmas eram de alta resolução e ocupavam muito espaço.

Ao se encaminhar a um “laboratório” em um shopping aonde iria “revelar” as fotos, deixou o CD cair e... Desastre total. A mídia ficou inutilizada e com ela se foram todas as recordações da festa dos 90 anos do querido Bisavô.

Triste não? Porém muito mais freqüente do que você imagina.

Os fotógrafos profissionais são unânimes em enfatizar a necessidade da impressão das fotos. Ainda que seja realizada em papéis que não sejam top de linha. O raciocínio é: “melhor é daqui a 50 anos achar uma foto um pouquinho desbotada e mostrar aos netos do que não ter o que mostrar”. E mesmo o aspecto “um pouquinho desbotada” já está superado. Os papéis fotográficos profissionais (como os da Filipaper, alcalinos), aliados a tintas originais, têm vidas úteis de mais de 50 anos garantidas.

Pensando nisso decidi aferir como anda essa questão.

Visitei no período de 13 a 18 de novembro diversos pontos de “revelação” de fotografias em SP e colhi opiniões, informações e situações que podem ajudar a todos aqueles que se utilizem desse tipo de estabelecimento para a “revelação” de suas fotos digitais.

A variedade de serviços ofertados é grande e a variação de preços também. Diferentes processos de impressão (Laser, Ink Jet, Térmica ou Sublimação), possibilidade de descarga diretamente dos cartões de memória de todos os padrões, substratos (papéis ou filmes) variados, com brilho, sem brilho, mais ou menos espessos, One Hour sistem, entrega em casa via sedex, moto-entrega, enfim, serviços para todos os gostos.

Tomando por base o formato 10x15 cm (o mais utilizado) para as cópias, o preço pode variar de R$ 0,69 a R$ 6,50 por cópia. Isso mesmo... quase 1.000% de variação dependendo da pressa, da comodidade e do tipo de revelação e substrato.

O tradicional 10x15cm, impressão Ink Jet, para ser retirado no balcão após 24 horas sai por entre R$ 0,69 e R$ 0,99 na maioria das empresas que visitei. Já a cópia 10x15cm, em High Gloss Photo Paper 270g, impressão térmica, entregue em 1 hora sai próximo dos R$ 6,50 e , para grandes quantidades (acima de 24 cópias) pode cair até para R$ 4,90/cópia.

A explicação dada por um dos prestadores de serviços visitado é que quando o tempo de entrega é mais extenso (normalmente 24 horas), a “revelação” é terceirizada, ou seja, as imagens são enviadas a outras empresas que possuem equipamentos maiores e que por economia de escala ou de processo podem realizar o trabalho cobrando preços substancialmente mais baixos. Mesmo após a aposição da margem de lucro da empresa onde contratamos o serviço, o preço cobrado ao consumidor é mais baixo.

Os atendentes das empresas que visitei se mostraram razoavelmente preparados porém poucos sabiam orientar quanto às proporções de ampliação possíveis das fotos de acordo com as resoluções utilizadas nas fotografias. Cheguei a ouvir em um desses locais o absurdo de que a qualidade da foto impressa e a possibilidade de sua ampliação iriam depender somente do ZOOM utilizado no momento da foto!!! Dou a minha palavra que não ri.

Um outro ponto a ser destacado é que em apenas 2 dessas “lojas” me foi ofertada a possibilidade de compra de papel fotográfico para impressão em casa. Naquelas onde essa oferta inexistiu, tomei a iniciativa de perguntar e recebi diversas respostas sendo que a maioria afirmava que “imprimir em casa sai muito mais caro”, o que é senão uma inverdade, uma informação imprecisa pois isso depende de diversos fatores como a quantidade de fotos a serem impressas, o tipo de papel utilizado, a marca e modelo da impressora e os cartuchos de tinta utilizados (originais ou compatíveis). De qualquer forma, é importante que se saiba que nos padrões adotados mundialmente como referenciais de impressão de fotografias digitais, a tinta gasta por foto 10x15 impressa corresponde a aproximadamente R$ 0,27 com cartuchos de tinta original ou R$ 0,15 com tinta compatível de boa qualidade. Já o custo com o substrato (Papel fotográfico) pode variar de R$ 0,37 a R$ 0,69, dependendo da qualidade e tipo do mesmo. Ou seja, uma fotografia digital 10x15cm impressa em casa pode ter um custo total entre R$ 0,52 e R$ 0,96 (impressora Ink Jet) .

Dados divulgados recentemente por fabricante de equipamento digital reportando resultados de pesquisa encomendada junto a importante instituto de pesquisas nacional revelam que dentre os proprietários brasileiros de câmeras digitais:

47,3 % não têm o hábito de imprimir as fotos (salvam no HD do computador ou em CD)
18,2 % imprimem suas fotos em casa em equipamentos Ink Jet ou Laser
8,17 % utilizam serviços de revelação via internet
25,3 % imprimem suas fotos em quiosques ou lojas de revelação.
1,3 % não sabem ou não responderam.

Esses números estão mudando. Há 3 anos atrás o número de fotógrafos que imprimiam suas fotos digitais em casa era de apenas 7,54 % e os que utilizavam quiosques ou lojas de revelação não passavam de 16,9 %. De qualquer forma, é importante saber que a qualidade de impressão proporcionada pelas impressoras domésticas atuais, aliada a alta qualidade de alguns dos papéis fotográficos disponíveis no mercado nacional (dentre eles os Filipaper Photo Pro) possibilitam a impressão de fotografias com qualidade profissional e durabilidade comprovada.

Aproveitem para fotografar e imprimir suas fotos das festas natalinas e reveilon e guardar essas lembranças com muito carinho.

Aproveitando a época, agradeço a todos os que acompanharam esta coluna durante o ano de 2.006 e também às mensagens enviadas de críticas, sugestões e dúvidas.
Estejam certos que a sua participação é motivo de inspiração e motivação maior a cada dia para este colunista.

Abraços a todos e tenham um Feliz Natal.

Daniel Grassiotto
Gerente da Unidade Digital
Filiperson Papéis Especiais
daniel@filiperson.com.br